Antonio Caubi Ribeiro Tupinambá
Raquel Libório Feitosa
RESENHA
O panorama da economia
mundial e, principalmente, temas atuais na área da economia, da administração,
da psicologia organizacional e outros correlatos foram exaustivamente tratados
pelo professor Omar Aktouf em evento promovido em 2010 pela Rede Internacional
de Estudos e Pesquisas sobre Liderança e Empreendedorismo (RINEPE – UFC).
O texto que segue traz
ideias dos sete distintos capítulos que compõem o livro, nomeadamente, “O
‘economismo’ moderno, entre argumentos autoritários e evasivas (p. 45); “Uma
história herética do pensamento econômico dominante, ou como se passou de
Aristóteles a Michael Porter” (p. 57); “Sobre a economia tradicional, o ‘souk’
e o regateio e a ‘pseudonatureza’ do homo econômico” (p. 107); “Pequena história
da mais-valia e da administração” (p. 127); “A administração como casuística e
a concretização da ‘traição crematística’” (p. 143); “Onde as leis econômicas
expostas por Marx juntam-se às ciências físicas e à termodinâmica” (p. 175) e
“A economia-administração em face do humanismo: entre o empregado recurso e o
empregado-parceiro” (p. 205).
Para o autor, há um
paradoxo, enquanto reina o caos neste mundo. Por que temos tantos diplomados em
administração e tudo continua tão mal administrado?
Deve-se pensar em
perspectiva universal, porque no nível médio e local já não se pode fazer
muito. A psicologia industrial, o comportamento organizacional e as escolas de
administração mais conhecidas, por exemplo, a teoria da motivação formulada
desde os ensinamentos de Elton Mayo,
Mintzberg, Skinner etc., trouxeram pouca informação ou informação
relevante. Ideias se repetem desde Mayo, Maslow e Mintzberg. Pergunta-se,
portanto, o que tem sido agregado à teoria da liderança? A resposta seria
praticamente nada! Também se pergunta o que se tem agregado à teoria da
estratégia? A resposta é a mesma: praticamente nada! Desse ponto de vista pode-se afirmar que
Michael Porter não contribuiu com nada importante. Através dele e de seus
contemporâneos agregaram-se alguns termos como “estratégia de posicionamento”,
“estratégia de formulação”, “estratégia de recursos”, “estratégia baseada em
recursos”, o que tem pouca significância.
Isso prova o que
chamamos de repetição em média e micro-perspectiva da administração. Não se
tem, portanto, agregado nada de novo em nível médio e micro e se constata uma
repetição de teorias e conceitos da metade do século passado, o que já não nos
serve. Não se podem agregar apenas palavras, modismos, e se ter a ilusão de
melhorar ou aproveitar, dessa forma, as teorias. Não precisamos saber de
técnicas, de procedimentos, de habilidades para mudar as coisas. Precisamos de
novos paradigmas, novas concepções, em perspectiva macroeconômica e social,
para mudar técnicas, procedimentos e teorias.
Ademais, o livro fecha
com um texto à guisa de conclusão que interessa, especialmente, aos setores
envolvidos com a formação de profissionais da área da administração e
correlatas, intitulado “Rumo a outra análise da crise mundial e da pós-mundialização:
sobre a cidadania das empresas e as escolas de gestão” (p. 229).
Para visualização completa do texto, clique aqui.
Texto publicado na Revista de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará - UFC.
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