quarta-feira, 9 de maio de 2012

Administração, Psicologia Organizacional e o Panorama Econômico e Social na era da Pós-globalização

Antonio Caubi Ribeiro Tupinambá
Raquel  Libório Feitosa


RESENHA

O panorama da economia mundial e, principalmente, temas atuais na área da economia, da administração, da psicologia organizacional e outros correlatos foram exaustivamente tratados pelo professor Omar Aktouf em evento promovido em 2010 pela Rede Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Liderança e Empreendedorismo (RINEPE – UFC).

O texto que segue traz ideias dos sete distintos capítulos que compõem o livro, nomeadamente, “O ‘economismo’ moderno, entre argumentos autoritários e evasivas (p. 45); “Uma história herética do pensamento econômico dominante, ou como se passou de Aristóteles a Michael Porter” (p. 57); “Sobre a economia tradicional, o ‘souk’ e o regateio e a ‘pseudonatureza’ do homo econômico” (p. 107); “Pequena história da mais-valia e da administração” (p. 127); “A administração como casuística e a concretização da ‘traição crematística’” (p. 143); “Onde as leis econômicas expostas por Marx juntam-se às ciências físicas e à termodinâmica” (p. 175) e “A economia-administração em face do humanismo: entre o empregado recurso e o empregado-parceiro” (p. 205).

Para o autor, há um paradoxo, enquanto reina o caos neste mundo. Por que temos tantos diplomados em administração e tudo continua tão mal administrado?
Deve-se pensar em perspectiva universal, porque no nível médio e local já não se pode fazer muito. A psicologia industrial, o comportamento organizacional e as escolas de administração mais conhecidas, por exemplo, a teoria da motivação formulada desde os ensinamentos de Elton Mayo,  Mintzberg, Skinner etc., trouxeram pouca informação ou informação relevante. Ideias se repetem desde Mayo, Maslow e Mintzberg. Pergunta-se, portanto, o que tem sido agregado à teoria da liderança? A resposta seria praticamente nada! Também se pergunta o que se tem agregado à teoria da estratégia? A resposta é a mesma: praticamente nada!  Desse ponto de vista pode-se afirmar que Michael Porter não contribuiu com nada importante. Através dele e de seus contemporâneos agregaram-se alguns termos como “estratégia de posicionamento”, “estratégia de formulação”, “estratégia de recursos”, “estratégia baseada em recursos”, o que tem pouca significância.

Isso prova o que chamamos de repetição em média e micro-perspectiva da administração. Não se tem, portanto, agregado nada de novo em nível médio e micro e se constata uma repetição de teorias e conceitos da metade do século passado, o que já não nos serve. Não se podem agregar apenas palavras, modismos, e se ter a ilusão de melhorar ou aproveitar, dessa forma, as teorias. Não precisamos saber de técnicas, de procedimentos, de habilidades para mudar as coisas. Precisamos de novos paradigmas, novas concepções, em perspectiva macroeconômica e social, para mudar técnicas, procedimentos e teorias.

Ademais, o livro fecha com um texto à guisa de conclusão que interessa, especialmente, aos setores envolvidos com a formação de profissionais da área da administração e correlatas, intitulado “Rumo a outra análise da crise mundial e da pós-mundialização: sobre a cidadania das empresas e as escolas de gestão” (p. 229).


Para visualização completa do texto, clique aqui.

Texto publicado na Revista de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará - UFC.

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