Psicóloga Gabriela Mesquita, ex-bolsista RINEPE e Revista de Psicologia/UFC
E: Em que ano você foi bolsista e como você entrou no RINEPE e na Revista?
GM: Fui bolsista dos projetos durante dois semestres (2015.1 e 2016.1) através do processo seletivo da PRAE-UFC (Pró-reitoria de Assuntos Estudantis). Inicialmente, eu comecei atuando como bolsista de iniciação acadêmica (BIA) no setor da Revista de Psicologia, localizada Departamento de Psicologia da UFC.
Posteriormente, me associei ao projeto de extensão RINEPE (Rede Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Liderança) pela PREX-UFC (Pró-reitoria de Extensão). Também tive, ainda, aproximação com um projeto denominado PÓLIS (Estudos em Psicologia Política) localizados no Departamento de Psicologia.
E: Qual a sua formação, em que semestre você ingressou e de que modo o RINEPE e a Revista se relacionam com ela?
GM: Atualmente, sou Residente de Psicologia na área de Assistência em Saúde Mental do HUWC-UFC. Ingressei na UFC em 2012 no curso de Ciências Sociais, pois sempre tive interesse pela área de humanas, de modo mais específico, sobre a compreensão do comportamento humano em diversos contextos. No entanto, acabei não me identificando muito com a atuação profissional e surgiu a oportunidade de cursar Psicologia na UFC por meio de um processo seletivo interno da instituição (transferência interna). Assim, em 2013.2 consegui uma vaga no curso de Psicologia, e me formei em 2018.1.
Entrei nos projetos quando eu estava no quarto semestre do curso. O RINEPE e a Revista foram projetos de grande importância para o meu desenvolvimento pessoal e profissional durante a graduação, pois possibilitaram a ampliação do meu conhecimento teórico-prático sobre a ação humana no âmbito organizacional, as questões do trabalho no neste âmbito e também em aspectos do trabalho científico. Estive sob a coordenação de profissionais de muita competência em suas áreas de atuação, a psicóloga Raquel Feitosa e o Prof. Caubi Tupinambá, e que sempre estiveram dispostos a me orientar naquilo que eu sentisse necessidade.
E: O que te motivou a participar dos projetos?
GM: Sempre tive curiosidade pelo conhecimento de forma geral e tenho certa abertura para o novo – característica que me fez aproveitar todas as oportunidades que apareceram para mim. Além disso, minha maior motivação foi pôr em prática aquilo que eu vinha absorvendo de forma teórica na faculdade, seja através da participação em pesquisas ou no contato com outros estudantes e profissionais que tinham como principal intuito o compartilhamento de ideias sobre estudos, projetos, vivências, intervenções etc.
E: O grupo era multidisciplinar? Você recorda o curso dos seus colegas? Se sim, como isso contribuiu para você e na elaboração das atividades?
GM: Sim, trabalhei com alunos da graduação e pós-graduação em Administração e Psicologia. O trabalho em equipe advindo do diálogo entre áreas diferentes é fundamental para uma investigação, observação e compreensão que objetivem um olhar mais abrangente sobre diversos fenômenos psicossociais.
E: Foi a sua primeira vivência de trabalho em equipe? Como foi essa experiência com os profissionais do RINEPE e da Revista?
GM: Não, já havia sido bolsista de projetos na Faculdade de Medicina. Prestava apoio aos serviços de atendimento psicológico e psiquiátrico ofertadas aos acadêmicos da universidade e participava do projeto chamado CAEPES (Centro de Atenção ao Estudante e de Pesquisa do Estresse) destinado à promoção de uma psicoeducação direcionada aos estudantes da área da saúde sobre temas em torno da saúde mental.
Mas a experiência de trabalho no RINEPE e na REVISTA foi extremamente rica em termos de aquisição de conhecimento e aproximação com a área da produção acadêmica e científica.
E: Como era a sua rotina nos projetos e o que você mais gostou de desempenhar? Você participou de eventos, cursos, pesquisas?
GM: Minhas atividades se dividiram em ações da Revista de Psicologia (organização de artigos para publicação, contato com autores, manutenção do site) e ações do RINEPE, dos quais mais me identifiquei em participar, como por exemplo, na organização de eventos (V Seminário Saberes e Vivências: Entrelaçando Conhecimentos da UFC e o evento de comemoração aos 40 Anos de Psicologia da UFC – V Seminário de Teses e Pesquisas / I Seminário de Experiências de Extensão), pesquisa de intitulada “Comprometimento Organizacional no Setor Bancário” em parceria com a Faculdade CDL e apresentação de trabalhos acerca daquilo que estávamos estudando no momento.
Além disso, ainda pude participar do evento de progressão funcional de carreira do orientador dos projetos citados, o professor Caubi Tupinambá, onde através de um memorial pudemos contemplar a sua carreira acadêmica de quase 30 anos na UFC. Um momento marcante e simbólico para todos os envolvidos naquele contexto!
E: De que forma o RINEPE e a Revista contribuíram para a sua entrada no mercado de trabalho?
GM: Através dos projetos, tive a oportunidade de me aproximar da pesquisa científica, fazer a leitura mais atenta de artigos e ter a curiosidade de pesquisar e estudar mais sobre a Psicologia Organizacional. Tais experiências me possibilitaram a aprovação em um processo seletivo de estágio na área de Recursos Humanos no ano de 2017 em uma empresa bem consolidada no ramo de distribuição de combustíveis. No final de 2018 tive uma experiência profissional no âmbito da justiça, prestando apoio às Varas de Família através da oferta de serviços de avaliação psicológica em processos jurídicos. Por fim, nesse ano, fui selecionada para trabalhar na área de Recursos Humanos de uma empresa especializada em segurança viária (pavimentação, projetos, mobilidade urbana).
E: No momento atual de sua carreira profissional, você trabalha com algum dos temas abordados nos projetos?
GM: Não. Apesar do contexto Organizacional e do Trabalho ser uma área da Psicologia que tive um contato mais prático, atualmente atuo na área da saúde, especificamente a hospitalar (atenção terciária). Mas acredito que ter estas outras experiências apresentadas na minha documentação/currículo contribuíram para meu êxito na seleção da residência.
E: Nos projetos, estamos realizando somente trabalho remoto. Como está a execução do seu trabalho atual no contexto da pandemia?
GM: Nos Programas de Residência Multiprofissional da Saúde temos que cumprir uma carga horária de 60h semanais. No atual contexto que nos encontramos houve uma realocação da quantidade de horas destinadas aos eixos teórico e prático, com restrição às atividades desenvolvidas em grupo.
E: Você gostaria de deixar alguma mensagem para os bolsistas atuais?
GM: Sim! Que estejam sempre em busca de conhecimento (capacitações, cursos, leitura, estudos) para que sejam capazes de ofertar o melhor serviço profissional que puderem, obtendo como consequência, destaque no mercado de trabalho. Aproveitar ao máximo o tempo que tiverem, sabendo administrá-lo e mantendo dedicação extrema e persistente naquilo que desejam fazer bem.
Gabriela, obrigada por nos conceder esta entrevista! É recompensador sabermos o quanto o RINEPE e a Revista contribuíram para a sua formação. Desejamos a você muito sucesso em sua jornada profissional.
Entrevistadoras:
Raquel Feitosa (Coordenadora RINEPE) e Edvânia Rodrigues (bolsista RINEPE).
Gabriela Mesquita, ex-bolsista, com a Coordenadora da RINEPE, Raquel Feitosa
